Corrida por ovos nos EUA eleva a dúzia a US$ 10
- Rádio Manchete USA
- 8 de fev.
- 2 min de leitura
Atualizado: 10 de fev.

NOVA YORK - A escassez de ovos nas prateleiras dos mercados dos Estados Unidos está levando os mercados a limitar a venda do produto e superinflaciona a dúzia que chega a ser vendida US$ 10 em muitas cidades.
A crise se arrasta desde 2022 quando começou o surto da gripe aviária e a caixa com 12 ovos passou custar cerca US$ 2. Em dezembro do ano passado o preço dobrou para US$ 4,15.
Embora alguns estados tenham controlado o surto do ano passado, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA na sigla em inglês) precisou sacrificar cerca de 17,2 milhões de galinhas poedeiras apenas entre novembro e dezembro, quase metade de todas as aves mortas pelo vírus no ano passado.
Com menos ovos no mercado, muitas pessoas compram o máximo que podem quando os encontram nas gôndolas. A voracidade pelo produto vem aumentando ainda mais os preços, reavivando a "crise do papel higiênico" da pandemia, quando os consumidores estocaram o produto, comparou a professora de marketing na Universidade Emory, Saloni Vastani, especialista em preços, em entrevista ao USA Today.
"Os preços estão subindo por causa da gripe aviária, mas isso está levando as pessoas a comprar mais ovos do que o normal porque elas preveem preços mais altos e menor oferta nos supermercados", observa.
Alguns pontos de venda já limitam a compra de ovos. "Continuamos a limitar o número de compras de ovos (...) e estamos trabalhando com nossos fornecedores para atender à demanda", disse o Sam's Club em comunicado.
A USDA divulgou relatório sobre os preços da dúzia de ovos em 31 de janeiro. Enquanto em Nova York a caixa custava em média US$ 7,25, na Califórnia o preço girava em torno de US$ 8,72.
O órgão acredita que a produção de ovos caia ainda mais em 2025, "refletindo um rebanho menor resultado de perdas para a gripe aviária". Os preços podem aumentar 20,3% ao longo do ano, contra 2,2% na média geral dos alimentos.
No "melhor cenário", as reposições podem levar "mais de nove meses para voltar ao normal". A estimativa é de Matt Sutton-Vermeulen, diretor de práticas agrícolas e alimentares da Kearney, uma empresa global de consultoria em estratégia e gestão.
Comments