Governo Trump diz que deportou homem para El Salvador "por engano"
- Rádio Manchete USA
- 1 de abr.
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WASHINGTON - O governo Trump assumiu nesta segunda-feira, 31, que errou ao deportar um pai de família de Maryland para El Salvador como se fosse um membro de gangue. O salvadorenho Kilmer Abrego Garcia estava em um dos voos de 15 de março que transportaram pelo menos 250 imigrantes apesar da proibição de um juiz.
Um funcionário do ICE disse que Garcia estava em um terceiro voo de deportação de pessoas sob a Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798 "por engano", apesar de uma decisão judicial de 2019 que lhe concedeu proteção.
"Por erro administrativo, Abrego-Garcia foi removido dos Estados Unidos para El Salvador. Isso foi um descuido, e a remoção foi realizada de boa fé com base na existência de uma ordem final de remoção e na suposta participação de Abrego-Garcia na MS-13", diz o documento.
O ICE reconheceu que estava ciente da ordem judicial anterior que bloqueava a remoção de Garcia e que ele foi preso em 12 de março por seu suposto papel na MS-13 e transferido para a área de preparação para os voos de deportação.
Ele não estava no manifesto inicial do voo de 15 de março, mas foi designado para a expulsão como "substituto alternativo", pois outras pessoas foram removidas do avião por vários motivos, acrescentou a agência federal.
O governo Trump invocou a lei do século 18 para deportar venezuelanos e salvadorenhos que alega serem membros de gangues violentas como parte de sua ampla repressão à imigração.
Os representantes de alguns deportados negaram qualquer vínculo com gangues e os tribunais bloquearam temporariamente o uso da lei em meio a contestações legais.
Os advogados de Abrego-Garcia, em um documento de 28 de março, pediram ao Tribunal Distrital Federal em Maryland que ordenasse seu retorno aos EUA e suspendesse o financiamento do governo americano para a manutenção do salvadorenho em uma megaprisão apelidada de "notória câmara de tortura".
"Quando o governo deixa de lado as leis e as ordens dos tribunais, incluindo os tribunais administrativos, o poder do Estado consiste apenas na capacidade de cometer violência", escreveram os defensores. Eles observaram ainda que a administração republicana poderia ter tomado outras medidas para contestar a decisão de 2019.
** Com Reuters **
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