Trumpista casado com imigrante presa diz não se arrepender de voto em republicano
- Rádio Manchete USA
- 25 de mar.
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SAN JUAN - Bradley Bartell afirmou que não se arrepende do voto em Donald Trump mesmo depois de sua esposa ser presa pelo ICE quando retornavam da lua de mel há mais de um mês.
A peruana Camilla Muñoz excedeu o tempo permitido para seu visto de intercâmbio (J-1) nos Estados Unidos, mas já tinha dado entrado no processo para obter a residência legal no país através do casamento.
Bartell reconhece que o processo tem sido "um pesadelo" e que está tentando tirar sua esposa da prisão, mas que não teria mudado seu voto. "Não me arrependo do voto", disse o americano em entrevista ao site Newsweek.
Ele acreditava que o foco do governo Trump seriam criminosos e imigrantes detidos na fronteira com México. "Foi um pouco mais longe do que isso. Eles estão pegando qualquer um que podem", disse.
"Estou feliz em receber qualquer pessoa que queira vir aqui e ter uma vida boa e viver com responsabilidade, mas há um problema em deixar gângsteres virem aqui também", acrescentou.
O que aconteceu
O casal estava voltando de Porto Rico a caminho de Wisconsin, quando Camilla foi detida no aeroporto internacional de San Juan no dia 15 de fevereiro.
Bartell levou dias para descobrir o paradeiro da mulher. Segundo o site USA Today, demorou quase uma semana até que o nome da peruana aparecesse na lista de detentos do ICE.
O americano criticou o sistema e acredita que Trump pode melhorá-lo. "O ICE nunca tem realmente nenhuma informação, ao que parece. O sistema precisa ser reformulado para melhores processos e comunicação entre departamentos", contou.
Atualmente, Camilla divide uma cela com cerca de 80 mulheres no Richwood Correctional Center, na Louisiana, e se comunica com o marido por meio de ligações telefônicas que custam 20 centavos por minuto.
Um advogado entrou com o processo para libertar a peruana. Enquanto isso, Bartell abriu uma vaquinha para arrecadar fundos para os custos jurídicos. Até a publicação desta reportagem, o casal recebeu pouco mais de US$ 3,5 mil.
O dinheiro que o casal havia economizado para dar de entrada em uma casa foi consumido por honorários advocatícios e por uma reserva para pagar uma fiança pela libertação de Camilla, caso tenha essa oportunidade.
O americano pensou até em mudar para o Peru com esposa. Mas ele acredita que seria "muito dificil para seu filho", fruto de outro relacionamento.
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